Andries Viljoen
2 min readDec 16, 2019

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Tinha tudo pra ser muito boa, mas por alguma razão se perdeu em meio a tramas desnecessárias e subtramas que giravam e giravam e não iam a lugar nenhum, resultando nesse final broxante e que deixou vários furos.

Fabiana se deu bem o tempo inteiro, Vivi se deu mal da metade para no final deixando todo o potencial da personagem apagada e ainda mais apagadíssima no final. O desfecho de Berta e Camilo extremamente mal abordado. Maria da Paz protagonista mal aproveitada para caralho. Jô vilã sem noção, que somente no final teve um quê a mais, e no fim das contas acabou por ser uma salvação do final da novela. Agno e Leandro tinham mais potencial, mas ficaram naqueles abraços e olhares mesmo depois de já assumirem sua relação, aí no final dão um beijinho xoxo, e muitos ainda acham isso um avanço, enquanto eu acho um retrocesso.

Ainda que a Globo seja investido á frente da Record, Band, SBT e etc., precisam trabalhar casais com mais naturalidade, não deixar apenas para o final um beijinho desses e ainda achar isso muito épico pra tv aberta. Precisamos parar com essa “conservação” do ibope em detrimento da dramaturgia de qualidade na TV brasileira.

Entre 2013 e 2019 tiveram tempo o bastante para evoluir isso mas infelizmente não aconteceu, porra estamos indo para 2020 gente. Clichês, mal aproveitamento de bons personagens e um roteiro medíocre fizeram de “A Dona do Pedaço” um grande, e confesso gostoso, merchan de várias marcas e produtos, agora deixou a desejar e muito no resultado final mesmo me prendendo do início ao fim.

De destaque Paolla Oliveira e sua Vivi Guedes que é de longe a melhor personagem da novela tendo um final brega com um assassino por encomenda como Chiclete, Nathalia Dill muito bem em seu papel como a religiosa de caráter hipócrita Fabiana e Malvino Salvador que mesmo não tendo nenhum perfil homossexual (mesmo quando se esforçava) conseguiu se sair bem neste papel diferente do comum dele. Guilherme Leicam grande destaque e novidade pra mim, me surpreendeu muito como Leandro, adorei o personagem e sua atuação mesmo desgostoso de fazer um assassino de aluguel . Juliana Paes fez um bom trabalho como a brega Maria da Paz, mas a personagem é realmente tola do início ao fim, principalmente no início com aquela “cegueira” a respeito da filha. Aghata Moreira mescla entre momentos muito ruins na atuação e outros bons, como no final que não adorei pois devia ter deixando claro que era uma psicopata. Quem começou bem foi Caio Castro só que terminou muito mal, não sendo nenhum pouco profissional ao admitir que não soube criar e interpretar um personagem homoafetivo ou bissexual ou pansexual, e se consagrando como o ator que não aplicou seu talento pelo que fez. É isso, capítulo final interminável e ainda assim deixando mil pontas soltas. Walcyr Carrasco nem vai melhorar na próxima, porque não adianta começar bem uma história e terminar desse jeito.

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