HOMELAND — 6ª TEMPORADA [REVIEW]

Andries Viljoen
3 min readJan 6, 2021

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Homeland mais uma vez se reinventa, apresentando uma história interessante, repleta de teorias da conspiração, reviravoltas e grandes mudanças.

Ao descobrir que a trama da 6ª temporada iria se passar nos Estados Unidos, meu primeiro pensamento foi: finalmente! Esse retorno à premissa original da série, de uma ameaça interna, era o que faltava para dar um novo gás para o show. Homeland não é uma unanimidade, porém consegue manter uma certa legião de fãs que se interessam por tramas políticas e conspiratórias. E essa temporada foi perfeita nesse ponto.

Um erro recorrente da série era apresentar diversas tramas, que na hora de se encontrarem, não parecia natural. Dessa vez, por mais que parecesse que o erro se repetiria, ao final da temporada pudemos ver que tudo fazia sentido. Várias vezes a série nos mostrou o que estava acontecendo bem diante dos nossos olhos, só não conseguíamos ver.

A nova temporada de Homeland irá ter seu foco no terrorismo doméstico, com a cidade de Nova York como plano de fundo!

Além disso, a trama irá acompanhar a eleição da nova presidente dos EUA, Elizabeth Keane, que em sua campanha eleitoral deixava clara a vontade de fazer diversas mudanças na estrutura do governo, inclusive na CIA. Como diria Saul no decorrer da série, “uma presidente que não pode ser controlada”. Isso é claro à coloca em rota de colisão com Dar Adal, que finalmente sai das sombras e assume seu posto como um dos protagonistas da temporada.

Carrie é colocada no meio de tudo meio que por acaso. Afastada da CIA, ela atua como advogada de Sekou Bah, acusado de atos terroristas, além de ser conselheira da Presidente Eleita em assuntos pertinentes à Agência. Mais uma vez ela se mostra uma grande protagonista, sabendo jogar o jogo mas ao mesmo tempo perdendo muito por joga-lo.

Mas é impossível não dizer que o foco da temporada é Peter Quinn. Sofrendo as sequelas da sua quase morte na temporada passada, ele consegue entregar um personagem ainda mais crucial do que se estivesse são. Sua relação com Carrie, com Franny e até mesmo com Dar, é primorosa. Vemos que seus instintos lhe pregam muitas peças, mas que no fim, ele tinha razão de muita coisa. Um arco ótimo para um grande personagem, que irá deixar saudades.

É curioso que no fim, com todo o plano que Dar montou e que no fim lhe roubaram indo por água, possamos enfim ver para onde Homeland está indo. A Presidente, agora já em exercício, está mostrando que não é exatamente a pessoa que Claire imaginava, ao mesmo que tempo que talvez Dar não estivesse tão errado em seus objetivos, apesar de errar em seus meios.

Foi bem interessante ver os Estados Unidos sofrendo com a política que eles impõe ao resto do mundo. Mesmo assim, a máquina não parou de girar e a Presidente está ainda mais forte, mesmo que muito paranoica. A renovação do show por 3 temporadas (6º, 7º e 8º anos) mostra que existe uma história muito maior para ser contada, uma história que pode fazer frente à de Brody. É a hora em que Homeland encontra House of Cards.

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